Ninguém precisa ser ecologista de carteirinha e nem ser atuante como o pessoal do Greenpeace.
Todos devemos, no entanto, ter consciência de que nosso Planeta não pode e nem deve ser agredido continuamente, como fazemos com nossos atos irresponsáveis.
Precisamos proteger, conservar e preservar a vida em nosso habitat. Não podemos devastar o que temos de mais precioso que é a Natureza. Dela somos parte como cada espécie exisente na Terra.
Precisamos mudar nosso modo de olhar o mundo em que vivemos. Precisamos acordar para os riscos que corremos de destruir o Planeta e penalizar as novas gerações que estaremos colocando no mundo.
É uma questão de consciência. Não só de consciência, mas de mudanças de hábitos nocivos à Natureza.
Precisamos defender os princípios de reciprocidade para com todos os seres vivos que nos possibilitam viver, enquanto degradamos ambiente onde vivemos.
Ninguém é obrigado a empunhar bandeira de ecologista, mas cada pessoa civilizada precisa ter consciência de sua importância na defesa da vida do Planeta Terra.
Defender a vida é salvar a Terra.
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Um dia, qundo me avisaram que havia queimadas no cerrado, pus-me a escrever poemas que sofriam com a Natureza. E foi assim que nasceram estes poemas que seguem:
FLOR DE PEQUI
Descubro no açoite do vento
O deleite da noite nua.
E suave no silêncio manso
O doce perfume da flor de pequi.
Quando o alvorecer
Vislumbra a luz do porvir
Vejo no cerrado sublime
A beleza da flor de pequi.
E ouço o trissar do colibri
Em dança festiva nas flores
São meus amores
Tanto quanto a flor de pequi.
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PRESSÁGIO
Lá pras bandas do Água Fria
Tucanos, garças e rolinhas
Num alvoroço incomum
Avisavam
Que há fogo no cerrado.
A grama arde
As ártvores ardem
As flores, como canções calados
São estranguladas pela arrogância
Há fumaça sufocando
fogo matando
calor aumentando
ferida ferindo o cerrado.
É fogo
É maldade
É somente tristeza
No mais lindo semblante da natureza.
Lá pras bandas do Água Fria há lamento
Dos passarinhos
que ainda sonham com com homens decentes.
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TEMPORANEIDADE
Nem o fogo a tudo devora.
O tempo sim é senhor de tudo.
Tudo se esvai
tudo passa
tudo evapora.
Minha contemporaneidade está lacrada
com o que não guardei.
O tempo se dedica a mudar o mundo.
O tempo é cura de tudo.
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PALAVRAS ÍNTIMAS
Projeto em minhas retinas
O reflexo da água Azul do lago e o céu.
Faço silêncio dentro de mim.
Penso apenas.
Palavras íntimas transbordam.
lembro seus olhos
Que me transportam para a poesia.
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CAMINHO DO RIO
No meio do lago
Viaja um rio
Menino em seu leito
Caminha em silêncio
Embora cativo
Ele vai
Segue seu curso
Como as Iaras
As Boiúnas
Os Negros D’Água
Os botos.
O rio faz seu caminho
Pela alma dos viventes
E em seu leito eterno
Faz-se sobrevivente
Apesar da morte
inficada em paredões
de concreto criando barragens.
O rio continua ali
Correndo no seu leito.
As águas que se espalham
são as marcas da ganância do homem
que lucra com a violência.
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ILHA DE TUDO
Tudo nos rodeia
flores, pássaros, borboletas
vento, luz, sombra,
olhares calados,
gestos em balbucios,
gritos que estrondam,
paixão.
Tudo nos rodeia
o medo, o sonho, as lágrimas,
o silêncio e as palavras,
em revoada as manhãs.
Vivemos ladeados como uma ilha.
Coisas boas e más,
momentos que descortinam
tudo que se faz novo.
Tudo nos rodeia
a vida e a morte,
lampejo do agora.
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