Pesquisar este blog

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

BOSQUE DAS INOVAÇÕES












Giulia Mariana, minha mais nova estrela.

Uma criança é sempre um bosque de inovações que nos ensinam a ver o mundo de uma forma diferente.
Faz tão bem caminhar pelo bosque das inovações. Se todas as pessoas se preocupassem em resolver os problemas da humanidade, quem sabe alguém teria coragem de retirar as correntes que nos impedem de ver o que é essencial à alma.
Definir
Ronaldo Araújo

Riscos que se corre
Em sensações estreitas

Nunca se conhece o suficiente
Para ser perfeito
Cada momento é centelha de desafios

Apontar o erro
É erro
Ponte para a ignorância
Que se flameja
Na obscuridade falível.

Refletir é mais
que afundar no abismo da autosuficiência.

**********************************************

TRANSGRESSÃO
Ronaldo Araújo

Prefiro a transgressão ao comodismo.
Estou cansado de assistir a inércia dos covardes
E o banditismo dos tiranos
Camuflados na pele de homens públicos.

Quero gritos
inquietude
Derrocadas das armadilhas
Desmacaramentos dos hipócritas
Sádicos que gargalham com a miséria assolando favelas.

Vale viver em delírio
Contorcendo como uma cobra na areia quente
A fazer de conta que tudo está um paraíso

Não.
Não há nenhum paraíso.

Prefiro ficar acordado
Criando uma nova paranóia para que se creia
E não se espere pela esperança da cultura da espera.

Não se limite ao que está instalado
Tudo é mentira
Alguém levando vantagem
Alguém marginalizado.

O melhor para mudar o mundo
é transgredir essa vergonhosa ordem
instalada e defendida
pelos poderosos.
**********************************************
A maioria das leis é criada para que nada de novo aconteça sob o sol.
E assim, as leis são assinadas até que outra lei seja criada
até que outra lei seja pensada
no intuito fortuito de não mudar nada.

*******************************************
PARANÓIA URBANA
Ronaldo Araújo

Fere meus olhos ver a violência da cidade grande
Qualquer dia vou embora pra grota funda
Onde posso conviver com os sussurros da mãe Terra.

A rua é violenta
As pessoas são
E as árvores baixam a cabeça.

Os luminosos de neon
Decoram o que já é indecoroso

Ali na esquina
a menina maquiada
chora por descobrir que não vale nada.

Vive-se uma paranóia urbana
um calvário

Vida sub-humana.

***********************************
Incrível:

estamos escravos de nossas algemas.

Os grilhões que nos acorrentam

são frutos de nossa ignorância,

quando não, de nossa cegueira.

**************************************

LENÇOL NO VARAL
Ronaldo Araújo

Leve o vento vela o lençol
lá no varal.

Herdo o medo
nessa noite clara, solitária,
iluminada pelas estrelas.

Somos um lençol leve
levado pela brisa silenciosa
amparada pela solidão.

Sensível momento
em que a vida voa
ao vento leve da vida.
Somos apenas um lençol
Esvoaçado pelo vento
Leve ao vento
Leve no varal

Nenhum comentário:

Postar um comentário